Entrelinhas

Pizza do Sinal

11/09/2018 10:58

Ultimamente, em Campina Grande, várias pessoas, principalmente jovens, se espelham pela cidade oferecendo pizzas pré-assadas. Na última semana comprei três delas e gostei. Mas não é sobre o sabor ou qualidade que estou aqui para falar.

Denominei de pizza de sinal, não só por estarem nos principais cruzamentos da cidade, mas por ser um SINAL de esperança de que o Brasileiro ainda é um povo trabalhador, que busca viver através do trabalho digno. E quando vemos esse SINAL vindo de pessoas jovens, há a esperança de um BRASIL melhor.

Preocupação

11/09/2018 10:56

Um dos motivos que devemos nos importar com o dinheiro assegurado subtraído das agências bancárias, principalmente através de explosões à caixas eletrônicos, é que este dinheiro está financiado o tráfico de drogas e, principalmente, armando cada vez mais a criminalidade.

O Raio-x da nossa representatividade

23/07/2018 17:19

Uma pequena reflexão sobre o porquê dos governantes não se importarem com o funcionalismo público. É que, apesar de sermos em grande número, ainda somos desorganizados eleitoralmente.
Para isso, basta avaliarmos a representação na Assembleia Legislativa da Paraíba. Dos 37 deputados listados no site da ALPB (36 efetivos), nenhum deles representa efetivamente os servidores. São ex-prefeitos, com sobrenomes políticos, políticos de carreira ou empresários.
O chefe do executivo sabe, ao analisar esse raio-x, que qualquer ingerência do gestor não refletirá em perda de votos nas urnas, justamente pela incapacidade de agregarmos sequer um nome para o legislativo. E não falo apenas de nós policiais, mas também dos funcionários da educação, da saúde ou de qualquer outra carreira do Estado.
Resumidamente, ser ruim para o funcionalismo não é sinônimo de derrota nas urnas.
Ou a gente se atenta para isso ou continuaremos frágeis no campo político.

Socorro para Socorro

20/07/2018 17:17

Entre uma investigação e outra, a gente vai conhecendo algumas pessoas e fazendo algumas reflexões. Hoje eu conheci Socorro (nome fictício), 46 anos, mãe, cozinheira de profissão, aliás, cozinhou por 12 anos no mesmo local para mais de 200 pessoas diariamente. Caiu no vício do “crack”, por motivos que não quis revelar.

Vive em um imóvel abandonado com outros moradores de rua. Assim, Socorro se tornou uma pessoa invisível para nossa sociedade.

Come de doações, principalmente de grupos evangélicos que os visitam costumeiramente. Afirma ter vontade de reestabelecer sua vida, mas me lembra que faltará confiança nas pessoas para lhe devolver a dignidade.

Socorro confessa que hoje já usa bem menos o Crack e diz que seria mais fácil se desprender da dependência, mas lamentou a falta de uma pessoa que pudesse resgata-la do fundo do poço ou talvez da metade do caminho do buraco. "Falta-me uma mão", concluiu.

Precisamos ser essa mão que Socorro preciasa, aliás, mais do que isso e urgentemente, enxergar tais pessoas como humanos.

Círculo Vicioso

11/04/2017 13:55

Toda vez que eu vou ao bairro do Pedregal, em Campina Grande, tenho a certeza que naquela localidade o Estado só se faz presente com as instituições coercitivas. Falta tudo, falta o mínimo de dignidade e condições humanas. E, com isso, querem que as polícias resolvam um problema que não é nosso.
Dentro dos nossos aconchegantes lares, não conseguiremos, nunca, entender o que passa aquele povo. Se não atentarmos para as "raízes" do problema, continuaremos neste mesmo círculo vicioso: buscando cadáveres.

Continuemos motivados

21/10/2016 10:55
O profissional da segurança precisa e deve trabalhar motivado. E quando me refiro a motivação, não estou falando apenas de reconhecimento salarial. 
 
Já não bastam todas as dificuldades do dia a dia da profissão, aquela, única, que doa a vida pela vida de nossa sociedade.
 
Já não basta ser a Geni, onde descarregam as falhas dos demais setores, como se fôssemos os provocadores de todos os problemas.
 
Já não basta que nossos erros reverberem muito mais que nossos acertos. E olhe que, parafraseando Safadão, nem 1% é vagabundo, mas parece,  99.
 
Já não basta a recente implementação da Audiência de Custódia, que é muito mais um "check list" de como o preso foi tratado pelos policiais durante a prisão, sem falar da inversão do ônus da prova, que da fala do preso é presunção de culpabilidade do policial.
 
Já não bastavam tudo isso, hoje, em Souza, um policial civil, autor de uma prisão de um indivíduo pelo crime de roubo, durante audiência de instrução naquela comarca, foi preso por desobediência por se recusar a entregar sua arma de fogo, como determinado pelo magistrado.
 
Mas, mesmo assim, continuamos motivados, porque como diz o hino da polícia civil da Paraíba, nossa missão é espinhosa.
 
Frank Barbosa
Policial CivilO profissional da segurança precisa e deve trabalhar motivado. E quando me refiro a motivação, não estou falando apenas de reconhecimento salarial.

Já não bastam todas as dificuldades do dia a dia da profissão, aquela, única, que doa a vida pela vida de nossa sociedade.

Já não basta ser a Geni, onde descarregam as falhas dos demais setores, como se fôssemos os provocadores de todos os problemas.

Já não basta que nossos erros reverberem muito mais que nossos acertos. E olhe que, parafraseando Safadão, nem 1% é vagabundo, mas parece,  99.

Já não basta a recente implementação da Audiência de Custódia, que é muito mais um "check list" de como o preso foi tratado pelos policiais durante a prisão, sem falar da inversão do ônus da prova, que da fala do preso é presunção de culpabilidade do policial.

Já não bastavam tudo isso, hoje, em Souza, um policial civil, autor de uma prisão de um indivíduo pelo crime de roubo, durante audiência de instrução naquela comarca, foi preso por desobediência por se recusar a entregar sua arma de fogo, como determinado pelo magistrado.

Mas, mesmo assim, continuamos motivados, porque como diz o hino da polícia civil da Paraíba, nossa missão é espinhosa.

Indignação

21/10/2016 10:53

Indignação! Esta é a palavra que todos nós, pessoas de bem, policiais ou não, deveríamos estar sentido hoje, pois foi por esta mesma indignação que o policial Marcos morreu.

Marcos morreu, verdadeiramente, por causa de você, cidadão de bem, que clama por uma cidade mais segura, um bairro mais calmo, uma rua mais silenciosa, por uma ida ao mercado sem ser incomodado.

Marcos, personagem desconhecida, morreu por uma sociedade que ele também não conhecia.

Marcos morreu por ter feito mais do que devia, por ter vivido ser polícia 24 horas por dia, por ter levado a profissão para casa e não desgrudar dela um só instante.

Marcos morreu porque se indignava com a insegurança, por querer que Nós vivêssemos uma sensação de paz.

Marcos morreu, pasmem, pelo fato de seu trabalho policial estar atrapalhando a bandidagem, por ser uma "pedra no caminho" do crime organizado.

Que a indignação de Marcos, seja a mesma da nossa sociedade na morte do Estado, para que essa falta de indignação não façam outros Marcos morrerem, estando vivos, Brasil a fora.

Que nós possamos nos indignar mais, pois, quando um indivíduo esmaga o gatilho de uma arma contra a força armada do Estado, ele está dizendo, sem dizer, o que é capaz de fazer com você.Indignação! Esta é a palavra que todos nós, pessoas de bem, policiais ou não, deveríamos estar sentido hoje, pois foi por esta mesma indignação que o policial Marcos morreu.
 
Marcos morreu, verdadeiramente, por causa de você, cidadão de bem, que clama por uma cidade mais segura, um bairro mais calmo, uma rua mais silenciosa, por uma ida ao mercado sem ser incomodado.
 
Marcos, personagem desconhecida, morreu por uma sociedade que ele também não conhecia. 
 
Marcos morreu por ter feito mais do que devia, por ter vivido ser polícia 24 horas por dia, por ter levado a profissão para casa e não desgrudar dela um só instante.
 
Marcos morreu porque se indignava com a insegurança, por querer que Nós vivêssemos uma sensação de paz.
 
Marcos morreu, pasmem, pelo fato de seu trabalho policial estar atrapalhando a bandidagem, por ser uma "pedra no caminho" do crime organizado.
 
Que a indignação de Marcos, seja a mesma da nossa sociedade na morte do Estado, para que essa falta de indignação não façam outros Marcos morrerem, estando vivos, Brasil a fora.
 
Que nós possamos nos indignar mais, pois, quando um indivíduo esmaga o gatilho de uma arma contra a força armada do Estado, ele está dizendo, sem dizer, o que é capaz de fazer com você.

Antes de mudar o Brasil, eu preciso mudar...

02/09/2015 16:03

Vou começar pelo “gato” de Internet que tenho, dividindo um só plano com inúmeros vizinhos. Cortarei a ligação clandestina e passarei a pagar um plano sozinho, expandindo a ação para a TV por assinatura, que também é pirata.

Passarei a dirigir sem atender ao telefone; usarei sempre o cinto de segurança e deletarei o programa no celular que me avisa quando e onde estão as blitze. Aliás, beber e dirigir nunca mais!

Vou passar a respeitar os pedestres na faixa e parar de buzinar, principalmente em frente a escolas e igrejas, afinal, buzina não empurra os carros da frente. E quando for estacionar, utilizarei as vagas destinadas ao meu veículo e não ocuparei as destinadas a idosos e deficientes.

Quando eu sair com o carrinho de compras do supermercado, guardá-lo-ei no local destinado, não deixando mais atrás do veículo estacionado vizinho ao meu. Depois que eu sair com o carro, permanecerei na faixa da direita, já que a esquerda é reservada para ultrapassagem. Atrapalhar o trânsito nunca mais.

Respeitarei as motocicletas, que apesar de serem muitas, rápidas e andarem em ziguezague, nelas estão seres humanos que merecem viver. E caso eu veja um acidente, acionarei, imediatamente os órgãos competentes. Porém, basta de trotes.

Não comprarei mais produtos piratas, que apesar de baratos, estimulam o crime organizado, além de ser crime incondicionado, previsto no Código Penal.

Nas provas escolares, dedicarei mais tempo de estudo e não mais farei colas pelo corpo e no papelzinho minúsculo. Minha dedicação agora será boa para meu futuro e do país. Também não atenderei minhas ligações telefônicas na aula e deixarei para conversar com meus amigos nos intervalos. Ainda sobre as provas, vou deixar de desejar que os outros alunos se dêem mal para minha nota ser a maior.

 

O Brasil precisa mudar; continuarei mudando...

E quando uma mulher subir em uma escada utilizando saia, meus olhos estarão no lado oposto, ou melhor, cobiçar outras mulheres nunca mais, em respeito aos nossos conjugues.

Quando estiver andando de ônibus, reservarei os primeiros assentos para as pessoas com dificuldades de locomoção, a exemplo de gestantes, idosos e deficientes. Aproveitarei para dizer que não irei utilizar a barriga quebrada de ninguém para entrar nas filas preferenciais.

Pagarei todas as minhas contas em dia e o restante do dinheiro que sobrar eu não emprestarei a juros, afinal apenas as instituições financeiras têm esse privilégio.

Homofobia, pedofilia, bullying, racismo, preconceito contra os pobres é tudo coisa do passado.

E nas eleições, vou votar de acordo com minha consciência e não mais em troca de um emprego para um parente ou amigo. Melhor ainda, passada as eleições eu vou lembrar em quem votei e o motivo do voto.

Ser mais tolerante com os humildes, atender bem, cumprir com meus horários e diminuir o tempo do cafezinho.